A internet das coisas juntou muito hype, expectativa sobre o que pode ser feito e investimento pesado das empresas. Dentro deste cenário, vamos entender o que é a internet das coisas e o que podemos esperar para os próximos anos.
O que qualifica algo como IoT (Internet of Things)? Quais os riscos dessa nova tecnologia? Como ela impacta nossas vidas?
Apesar de óbvio pelo nome, ainda fica bastante subjetivo pensar no que significa as coisas que nos rodeiam estarem conectadas à internet. Colocando de forma bem simples, a internet das coisas é conectar dispositivos com a internet para que eles falem com a gente, com aplicativos e entre eles.
Estes dispositivos inteligentes podem ser qualquer coisa: desde celulares até geladeiras, máquinas de lavar, equipamentos médicos, automóveis, entre outros. Com a internet das coisas, os objetos usam da web como identificadores únicos ou processadores para se tornarem parte da internet.
Mas como tudo neste mundo, a internet das coisas não é tão simples como parece, e ainda está em evolução. E uma das dificuldades está principalmente em definir e entender o que pode qualificar um objeto como um dispositivo de IoT.
Segundo o analista e pesquisador Andy Mulholland, a melhor forma de reconhecer algo como um dispositivo de IoT é analisando a presença de quatro capacidades intrínsecas: conexão, inteligência, interatividade e autonomia.
Pensando desta forma, o aplicativo do Uber pode ser classificado como IoT. O celular envia informação sobre a localização e disponibilidade por meio do aplicativo permitindo uma resposta inteligente. A partir disso, as informações da pessoa chegam até o uber conectado, encontrando a melhor combinação entre distâncias das duas pessoas e permitindo que a corrida seja agendada.
Conexão à internet para envio das informações, inteligência na combinação entre uber e passageiro, interatividade entre os dois dispositivos e as pessoas por trás deles e autonomia de ações até o fim da corrida.
Um dos principais exemplos utilizados para explicar o que é internet das coisas é o da geladeira inteligente: imagine se sua geladeira pudesse contar para você quando o leite acabou? Ou pudesse identificar a partir de câmeras internas que sua margarina está vencida e te avisar por uma mensagem de texto? Isso é possível com a IoT.
O verdadeiro negócio da internet das coisas será principalmente aproveitado pela indústria. A IoT já está permitindo maior eficiência operacional e incrementando oportunidades na geração de receita.
Sensores conectados em dispositivos dentro da cadeia de suprimentos como manufatura, saúde, energia, transporte, agricultura, entre outros, são fundamentais para melhorar a eficiência dos processos. Mas se isso é tão importante, porque ainda não vemos tantas soluções assim pelo mundo?
Essa discussão já é antiga na internet, mas passou a ganhar mais importância com o desenvolvimento da IoT. Quem é o dono dos dados? Quem possui o dispositivo? Quem desenvolveu o programa? Ou quem criou o sensor para coletá-los?
Não existe nenhuma resposta universal para isso, entretanto, segundo a lei dos direitos digitais, muitas de suas cláusulas podem ser aplicadas dentro da IoT. Na maioria dos casos, você pode até possuir o dispositivo, mas quem domina os dados é o desenvolvedor do software, que empresta eles para você segundo a aceitação de alguns termos de serviço.
Agora para o segundo problema: a proteção destes dados. Com uma fome insaciável de companhias para explorar o uso da IoT, o risco associado a perda e roubo de dados é alto. A internet das coisas pode ser usada para a segurança de empresas, para abertura e fechamento de portas e janelas, para suspensão de carros e cortes de energia.
Além de ser necessário que isso tudo esteja no domínio das mãos certas, ela ainda possui dados de ações e informações importantes sobre pessoas reais e esta é a principal preocupação em termos de segurança. É preciso encontrar os caminhos certos para que a segurança destes dados seja garantida.
Para além de casas inteligentes, controle de energia e cidades inteligentes, a IoT pode se tornar a solução global para problemas ainda mais relevantes. Em alguns anos, talvez poderemos ver um mundo automatizado e funcionando em sintonia ao ponto de reduzir nosso impacto no meio ambiente, melhorar funcionalidades de administração, economizar energia e salvar vidas.
E para isso tudo acontecer, podemos ser atores da mudança. Quer resolver problemas reais utilizando a Internet das Coisas? Venha participar do workshop com a Giselle Guimarães no dia 14/03 (terça-feira) às 19h! Acesse aqui para mais informações e para fazer sua inscrição 😉
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