A velocidade é a característica que define as empresas que se tornam líderes na grande maioria das indústrias. Foi muito a partir desse conceito que nasceram as startups e que essa forma de gerir uma empresa cresceu e marcou tanto o mundo dos negócios.
Junto a essa velocidade está a capacidade de produzir inovações que quebram com aquilo que já existe no mundo, oferecendo uma nova alternativa e criando novos mercados que desestabilizam quem já atua no setor.
A disrupção digital é exatamente essa força de causar mudanças bruscas no mercado empresarial, na forma como consumimos produtos e serviços. Esse foi um dos motivos principais para o sucesso de empresas como Netflix, Google, Apple e Microsoft.
O termo é utilizado para explicar o efeito das tecnologias digitais sobre os modelos tradicionais de negócio, a evolução tecnológica que rompe e supera os mercados existentes. As tecnologias disruptivas são principalmente ligadas às novidades que temos visto hoje: inteligência artificial, machine learning, realidade virtual, robótica, blockchain e outras.
Na tecnologia, a velocidade é essencial para o desenvolvimento de produtos que atendam as necessidades do público no momento em que precisam, sem nem saber que precisavam. O comprometimento na criação de mínimos produtos viáveis e desenvolvimento ágil é o que faz muitas empresas vencerem e conquistarem terrenos antes improváveis para seus tamanhos.
O que falhamos em perceber é que a velocidade não serve apenas para desenvolver produtos: ela precisa ser um hábito em todas as esferas de uma startup. Grandes empresas são lentas. Boas empresas são rápidas. E através de uma prática prolongada para desenvolver hábitos velozes é possível se tornar mais eficiente.
Quando pensamos sobre as verdadeiras atividades de uma empresa de forma direta e crua, elas se resumem a: tomar decisões e executá-las. O seu sucesso depende de fazer essas duas coisas de forma rápida.
Um bom plano executado rapidamente é melhor do que um plano perfeito entregue só no próximo mês. As melhores reuniões que existem são aquelas em que, desde o começo, está claro que uma decisão será tomada antes que todos saiam da sala.
O processo de fazer decisões é uma das ações que mais desperdiça tempo nas empresas. Esse cenário acaba deixando claro o quanto é mais importante saber quando uma decisão será feita do que por qual item foi decidido.
Transformar a velocidade um hábito nesse quesito se trata de definir exatamente quando as decisões serão tomadas, e não deixar que esses prazos sejam adiados. Isso não quer dizer que toda decisão precisa ser tomada em um dia. O que importa é que as pequenas esferas de atuação estejam todas seguindo seu caminho enquanto essa grande decisão for feita.
Ter um bom gestor é essencial para que se determine quanto tempo será necessário para cada decisão, e para determinar quantas decisões serão feitas por dia. Além disso, é preciso de alguém com perspectiva para unir toda a equipe nos processos de decisão de forma rápida. Para tranquilizar um pouco esse processo, considere o fato de que pouquíssimas coisas não podem ser desfeitas.
Você vai saber quando as coisas estão indo rápidas demais se começar a sentir que existe um nível de desconforto entre os membros de sua equipe e na forma como o processo de execução está sendo realizado. Essa é a hora de pisar um pouco nos freios e analisar o que já foi feito.
Muitas pessoas passam muito tempo refinando seu sistema de produtividade com listas do que fazer, quando fazer, como fazer. No contexto de uma empresa e de uma equipe, executar um plano o mais rápido possível é um conceito muito diferente disso.
É assustador o quanto de decisões, planos e ações que são colocados na mesa e nunca determinados os dias para estarem prontos. Mesmo que um cronograma seja feito, muitas vezes ele acontece na base da intuição, sem nenhuma ideia prévia dos processos.
Não é que tudo precisa ser feito agora. É só que é muito importante desafiar datas de cronograma e fazer mais do que o planejado sempre que possível. Se faça a simples pergunta: porque isso não poderia ser feito antes? Perguntar isso de forma metódica, habitual e confiável ao longo de todos os projetos terá um grande impacto no negócio.
Essa é definitivamente uma ação que precisa partir de alguns indivíduos primeiro, idealmente dos gestores que estão no comando do projeto e podem influenciar o comportamento de outras pessoas envolvidas. Se você faz sua tarefa primeiro, a próxima etapa do projeto pode ser realizada antes, e isso envolve todas as pessoas responsáveis por ela.
Não é preciso se tornar um militante por isso, nem exigir que tarefas sejam realizadas às pressas sem qualidade e atropelando outras atividades. É apenas uma questão que muitas vezes pode ser respondida de forma favorável.
Reconhecer e remover dependências que atrapalhem o projeto também é uma atitude ligada a essa forma de agir. Não deixe de resolver aquele empecilho simples, como o contato com algum fornecedor, por exemplo, no próximo dia. Resolva entre suas atividades, remova o que atrapalha o caminho para a velocidade.
Você pode ser aquele que determina o passo do mercado para a reação. Ou seja, você não será o que espera acontecer para reagir, mas aquele que causou as reações em primeiro lugar. Esse vai ser o momento em que você perceberá definitivamente que tornou a velocidade um hábito.
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